Qual o futuro dos smartphones na era da revolução da IA?

 


Nos últimos 20 anos testemunhamos uma verdadeira revolução tecnológica através da democratização dos smartphones. O que antes tínhamos de informação era restrito ao uso de computadores, além de materiais impressos, como revistas e jornais. Se quiséssemos conversar com alguém ou fazer fotos, era preciso nos sentarmos à máquina e termos câmeras digitais.


Hoje, temos tudo isso e um universo de possibilidades: milhares de informações em tempo real, na palma das nossas mãos no smartphone, 24 horas por dia, 7 dias por semana em um só lugar. Podemos nos relacionar com as pessoas, comer, trabalhar, estudar, pedir táxi ou motorista particular por aplicativo, conhecer lugares, cuidar da saúde, assistir filmes, séries, ouvir música e muito mais.


Recentemente assistimos à chegada de mais uma novidade revolucionária: os assistentes pessoais inteligentes (ou chatbots como eram chamados até início do ano passado, antes da OpenAi apresentar o ChatGPT). Os assistentes pessoais inteligentes praticamente se tornaram uma extensão no dia a dia das pessoas, que já não se imaginavam em um mundo sem tecnologia. Ao mesmo tempo, houve também uma mudança no comportamento, porque os usuários querem uma experiência mais personalizada e intuitiva, com dispositivos que atendem às necessidades de acordo com as palavras, o que é compreensível pois a forma natural de comunicação é a linguagem natural.


Nos Iphones, por exemplo, temos a assistente pessoal Siri, que utiliza processamento de linguagem natural para responder perguntas, fazer recomendações e executar ações, enquanto os dispositivos Samsung contam com a Bixby. Na última semana, a Apple anunciou diversas possibilidades na atualização do sistema IOS 18, que vai trazer a IA como principal fonte de uso.


Haverá ferramentas de escrita, como o ajuste de textos em e-mails, criação de imagens por meio de comandos de texto em uma parceria com o ChatGPT da OpenAI, além de possibilitar que os usuários façam resumos de palestras em segundos e até mesmo a versão reduzida de conversas em grupos. Entre outras funcionalidades previstas está a edição de fotos com remoção de fundos indesejáveis e emojis personalizados. Para além dos recursos, há também uma maior proteção de dados pessoais nos dispositivos e o sistema antirroubo. Isso é apenas o começo.

No Mobile World Congress deste ano, Tim Hoettges, CEO da Deutsche Telekom, apresentou o T-phone, um conceito inovador de smartphone que elimina a necessidade de aplicativos. Desenvolvido em parceria com a Qualcomm e a Bran.ai, o aparelho promete ser um assistente pessoal ultratecnológico. Um dos exemplos é que o usuário poderá reservar um voo de forma automática sem abrir um único app, por meio da IA que gerencia todas as tarefas com comandos de voz e texto. Além disso, de acordo com Hoettges, todos os apps de bancos, viagens, compras e mensagens serão gerenciados pela IA, como uma espécie de concierge digital, onde será possível termos a visão de geral, tudo isso para tornar a vida digital dos usuários mais simples e eficiente.


Porém, à medida em que temos grandes avanços, existem mais responsabilidades, sendo fundamental garantir a privacidade e a segurança de dados dos usuários. Com isso, além de promover boas práticas, as empresas também ganham em credibilidade, porque os clientes e o mercado veem as marcas com mais confiança. O público final, tanto empresas (B2B) quanto consumidores (B2C) também estão cada vez mais exigentes, sendo necessária uma atualização constante por parte das corporações com novas tecnologias focadas em atendimento personalizado.


Portanto, “a meu ver, os smartphones do futuro são muito mais do que apenas dispositivos de comunicação. Eles são os nossos assistentes pessoais porque não só ajudam a otimizar tarefas, como também promovem entretenimento, proporcionam lazer e cuidados com saúde, mostrando que de fato, vivemos uma nova era de revolução tecnológica que veio para ficar”, comenta Fernando Wolff sobre mais este momento revolucionário na linha do tempo da tecnologia ao serviço das Pessoas e da Sociedade.


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