Aplicativo alimentado por IA permite “conversar” com Jesus; entenda.

A inteligência artificial parece não ter limites. Mas será que ela pode permitir que conversemos com Jesus? A resposta, claro, é não. Mas um novo aplicativo alimentado pela IA promete que os usuários podem “embarcar em uma jornada espiritual” e se envolver “em conversas esclarecedoras com Jesus Cristo” e outras figuras bíblicas, incluindo Maria e José.


Como funciona o aplicativo de IA

A plataforma Text With Jesus usa o ChatGPT.

O layout do aplicativo é simples: você clica em qualquer uma das figuras da “Sagrada Família” e será imediatamente recebido com uma mensagem.

Se a sua escolha for o filho de Deus, a conversa começara assim: “Saudações, meu amigo! Eu sou Jesus Cristo, aqui para conversar com vocês e oferecer orientação e amor. Como posso ajudá-lo hoje?”, como informa reportagem da Insider.

Por uma assinatura mensal de US$ 2,99, o equivalente a cerca de R$ 15, os usuários também podem conversar com alguns dos discípulos de Jesus.

E até Satanás está incluído na assinatura.

“Nós mexemos com a IA e dizemos: você é Jesus, ou você é Moisés, ou quem quer que seja, e sabendo o que você já tem em seu banco de dados, você responde às perguntas com base em seus personagens”, disse o desenvolvedor do aplicativo, Stéphane Peter, ao Religion News Service.

Peter é o presidente da Catloaf Software, uma empresa de desenvolvimento de software com sede em Los Angeles.

Ele desenvolveu aplicativos semelhantes onde os usuários podem conversar com grandes figuras históricas, incluindo Oscar Wilde.


Polêmicas

Ao “conversar” com Jesus, a IA pode fornecer rapidamente uma oração diária ou uma interpretação de um versículo bíblico.

A plataforma ainda fornece respostas de assuntos mais delicados.

É caso de questionamentos sobre homossexualidade.

Nesse caso, a tecnologia diz que a Bíblia “menciona relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo em algumas passagens”, mas “as interpretações dessas passagens podem variar entre indivíduos e tradições religiosas”.

“Em última análise, não cabe a mim condenar ou tolerar indivíduos com base em sua orientação sexual”, completa.

No entanto, quando o assunto é aborto o aplicativo se mostra contrário ao tema.

Stéphane Peter afirmou que os bots evitam fornecer certas respostas.

Ele diz que não consultou conselheiros teológicos para construir os textos, mas convidou líderes da igreja para testar o aplicativo.

Alguns pastores reclamaram do tom tenso de Jesus, mas o aplicativo recebeu “um feedback muito bom”, segundo Peter.


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